terça-feira, 14 de outubro de 2008

Músicas que podem ser utilizadas na 7ª série:
“O Resto do Mundo” (Gabriel, O Pensador)
Sugestão do tema: A Desigualdade Mundial.
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar na favela
Eu me chamo de cherôso como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu dotô
Eu num tenho nome
Eu num tenho identidade
Eu num tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu não tenho nada
Mas gostaria de Ter
Aproveita seu dotô e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de Ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossível pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com papel higiênico usado nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso.

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou.. eu num sou ninguém

Eu tô com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso num Ter nome mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu pego o dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto
Porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu num posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou a poluição
Sei que sou brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela (3X)
meu sonho é morar numa favela
a minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
e eu não tenho perspectivas de sair do lugar
a minha sina é suportar viver abaixo do chão
e ser um resto solitário esquecido na multidão

eu sou o resto
o resto do mundo
eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
eu sou....

frustração
é o resumo do meu ser
eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
eu vejo gente nascendo com a vida ganha
e eu não tenho uma chance
deus! Me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu num chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas num fui eu que fracassei
Porque eu num pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar queimar matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chegar?
Mas por enquanto

Eu sou o resto......

Eu num sou registrado
Eu num sou batizado
Eu num sou civilizado
Eu num sou filho do senhor
Eu num sou computado
Eu num sou consultado
Eu num sou vacinado
Contribuinte eu num sou
Eu num sou comemorado
Eu num sou considerado
Eu num sou empregado
Eu num sou consumidor
Eu num sou amado
Eu num sou respeitado
Eu num sou perdoado
E também sou pecador
Eu num sou representado por ninguém
Eu num sou apresentado pra ninguém
Eu num sou convidado por ninguém
E eu num posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência
Eu tento entender a razão da minha existência
Por quê eu nasci?
Por que tô aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de Ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela amigo
Eu queria morar numa favela....



Ninguém Regula a América (Rappa)

Sugestão do tema: América

Ninguém regula a Américanobody fucks with Américasatélites de cimavigiando todos os atos de rebeldiaMST observado pela CIAum avião cara - de- paupreso na Chinapainel de controlecidades sem culpana sensação do protocolo de Kiotocarbonizado em plena chuvade armas exportadassangrando no dólaro dólar dos outroscoagulado e globalizadonas veias abertasde outra dívida externasatellites from abovecontroling all the rebel actnosy plane cought in Chinapushing doors in Colombiacarbonized under the rainglobalized bleeding the dollarunder the Wall Street skyrisking everybody's livesninguém regula a Américanobody fucks with Americaforçando a porta da Colômbiacom uma hipocrisia que viciao intelecto de Brasíliae outras capitaisestreladas deixando a bandeirade fardasque segue na arrogânciaindependente de quem forO W. Bush de plantãolimite que engatilha um novo missellsobre o céu de Wall Streetarriscando a todoscom o medo de perdermais uma guerraninguém regula a Américanobody fucks with America


Canto Latino (Milton Nascimento)
Sugestão do tema: População da América Latina
Você que é tão avoadaPousou em meu coraçãoMoça, escuta esta toadaCantada em sua intençãoNasci com a minha morteDela não vou abrir mãoNão quero o azar da sorteNem da morte ser irmãoDa sombra eu tiro o meu solE de fio da cançãoAmarro essa certezaDe saber que cada passoNão é fuga nem defesaNão é ferrugem no açoÉ uma outra belezaFeita de talho e de corteE a dor que agora trazAponta de ponta o norteCrava no chão a pazSem a qual o fraco é forteE a calmaria é enganoPra viver nesse chão duroTem de dar fora o fulanoApodrecer o maduroPois esse canto latinoCanto pra americanoE se morre vai meninoMontando na fome ufanoTeus poucos anos de vidaValem mais do que cem anosQuando a morte é vividaE o corpo vira sementeDe outra vida aguerridaQue morre mais lá na frenteDa cor de ferro ou de escuroOu de verde ou de maduroA primavera que esperoPor ti, irmão e hermanoSó brota em ponta de canoEm brilho de punhal ruçoBrota em guerra e maravilhaNa hora, dia e futuro


Miséria (Titãs)
Sugestão do tema: Pobreza nos países em desenvolvimento.
Miséria é miséria em qualquer canto
Riqueza são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Filho, amigos, amantes, parentes
Riquezas são diferentes
Ninguém saber falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
A morte não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Riquezas são diferentes
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferentes
GEOGRAFIA COM MÚSICA

Em meio a tantos desafios no ensino atual, se tornam primordiais os estudos acerca de metodologias que possibilitem a inserção do aluno no processo de construção do saber, em meio a uma sociedade dinâmica e contrastante.


Considerando a importância das novas linguagens e dos meios de comunicação na formação psicossocial dos alunos e no desenvolvendo de sua capacidade de percepção, contextualização e criação, propôs-se a utilização da música no ensino de conteúdos da Geografia. Por envolver tanto o campo visual (texto), o campo auditivo (melodia), o campo comunicativo (expressão de idéias), a música pode proporcionar raciocínio, contextualização, percepção, concentração desinibição, criatividade e aproximação da realidade do educando.